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Pneus recauchutados: O que diz a legislação sobre o uso deles?

Entenda a legislação brasileira sobre o uso de pneus recauchutados e descubra os principais benefícios e requisitos para sua utilização.

31 janeiro 2025 - 08h18da Redação    atualizado em 05/05/2025 às 12h05

Os pneus recauchutados são uma alternativa econômica e sustentável para muitos motoristas brasileiros. Optar por pneus recauchutados pode gerar uma economia de até 50% em relação aos pneus novos. No entanto, é fundamental compreender o que a legislação brasileira estabelece sobre o uso desses pneus para garantir a segurança e evitar infrações.

O que são pneus recauchutados?

A recauchutagem é um processo de reforma de pneus que envolve a substituição da banda de rodagem e dos ombros, prolongando a vida útil do pneu e reduzindo o impacto ambiental. Esse procedimento é regulamentado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que estabelece normas para garantir a qualidade e a segurança dos pneus reformados.

Pneus recauchutados são permitidos no Brasil?

A legislação brasileira permite o uso de pneus recauchutados em diversos tipos de veículos, desde que atendam aos padrões de segurança estabelecidos. Contudo, há restrições específicas para certos veículos e posições dos pneus:

- Veículos de duas e três rodas: É proibido o uso de pneus reformados em ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos. O Artigo 5º da Resolução CONTRAN nº 558/1980 estabelece essa proibição, visando garantir a segurança desses veículos.

- Ônibus e micro-ônibus: A Resolução CONTRAN nº 416/2012 proíbe a utilização de pneus reformados no eixo dianteiro desses veículos, devido à importância desse eixo para a direção e estabilidade. 

- Caminhões e veículos de carga: Embora seja comum o uso de pneus recauchutados nesses veículos, especialmente nos eixos de tração e implementos, há propostas legislativas que buscam restringir essa prática. Um exemplo é o Projeto de Lei nº 3569/2024, que propõe a proibição do uso de pneus recapados em caminhões e ônibus, alegando preocupações com a segurança. Entretanto, esse projeto ainda está em tramitação e não foi aprovado. 

Requisitos para o uso de pneus recauchutados

Para que os pneus recauchutados sejam considerados seguros e legais, é necessário que atendam a determinados critérios:

- Identificação: Os pneus devem ser gravados com a inscrição "reformado" e a marca da empresa responsável pela reforma. 

- Indicador de desgaste: Devem possuir o índice de desgaste da banda de rodagem (TWI), que auxilia na verificação do momento adequado para substituição do pneu.

- Profundidade dos sulcos: A profundidade mínima dos sulcos deve ser de 1,6 mm. O uso de pneus com sulcos abaixo desse limite é considerado infração grave, conforme o Artigo 230, XVIII, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sujeitando o condutor a multa e retenção do veículo. 

Vantagens e desvantagens dos pneus recauchutados

Uma das principais vantagens dos pneus recauchutados é sua contribuição para a sustentabilidade ambiental. Ao reutilizar a carcaça de pneus desgastados, há uma redução significativa na quantidade de resíduos gerados, além de economizar recursos naturais utilizados na fabricação de pneus novos. 

O processo de recauchutagem também consome menos energia e matéria-prima, tornando-se uma escolha mais ecológica. No entanto, é importante estar ciente de algumas desvantagens:

Geralmente, possuem uma vida útil menor em comparação aos pneus novos, podendo durar entre 20.000 e 30.000 quilômetros, enquanto um pneu novo pode alcançar até 60.000 quilômetros. Podem apresentar desempenho inferior em termos de aderência e eficiência energética.

O uso de pneus recauchutados é permitido pela legislação brasileira, desde que sejam observadas as restrições específicas para determinados veículos e posições dos pneus. É essencial que esses pneus atendam aos padrões de segurança estabelecidos pelo Inmetro e demais órgãos competentes. 

Antes de optar por pneus recauchutados, considere as vantagens e desvantagens, sempre priorizando a segurança e o cumprimento das normas vigentes.

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